Ataque de maritacas deixa 350 estudantes sem aulas em escola de Carmo do Rio Claro, MG.
- Luiz Otávio, Frutal-MG
- 19 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Aves destruíram 70% da fiação da escola; aulas foram suspensas por risco de curto-circuito.

Um ataque de maritacas à fiação de uma escola deixou 350 alunos sem aulas por pelo menos 10 dias em Carmo do Rio Claro (MG). As aves destruíram os fios. Vários foram cortados e alguns ficaram completamente desencapados. As aulas tiveram que ser suspensas devido ao risco de curto-circuito.
"Foi detectado que as maritacas tinham danificado mais de 70% da fiação, algumas partes estavam em curto e outras sem isolamento, mas com risco de curto nelas. Então preferimos paralisar as aulas e desligar a energia elétrica", disse o engenheiro da prefeitura, Evandro Carielo.
As maritacas já são velhas conhecidas da escola. Elas entram no forro para fazer ninho e acabam descascando o plástico que reveste os fios elétricos. A iluminação dos corredores e salas de aula precisou ser adaptada.
Segundo a diretora da escola, o problema existe desde 2013 e começou a piorar no ano passado, quando o número de lâmpadas queimadas passou a aumentar muito. Neste ano, o interruptor de uma sala chegou a entrar em curto. Foram os pais dos alunos que acionaram os vereadores com medo de um incêndio na escola. Preocupados, pais de alunos levaram o problema até a Câmara de Vereadores.
"As minhas filhas sempre reclamavam que a iluminação não funcionava, uma delas achava até que estava com problemas de vista porque não conseguia enxergar o quadro e a outra pequenininha que entrou este ano também reclamava que a sala era muito escura. Passamos a perceber que as crianças corriam risco, então por esse motivo a gente procurou pelos vereadores", disse a costureira Tina Silva.
A reclamação fez os vereadores cobrarem uma ação da prefeitura. O laudo feito pelo engenheiro mostrou que os danos provocados pelas maritacas eram realmente sérios.
"A gente pode perceber que 95% da escola estava no escuro, foram feitos alguns serviços paliativos para tentar melhorar, amenizar esse problema", disse o vereador Juliano Alves da Silva (DEM).
A diretora da escola diz que os funcionários da prefeitura até fazem os reparos, mas o problema sempre volta. "A gente tinha conhecimento que estava danificado, que precisava de um reparo mais firme, mais complexo, mas a dimensão do laudo, fiquei surpresa sim", disse a diretora Maria Augusta Pereira Silva.
A escola atende cerca de 350 alunos da educação infantil, do pré ao quinto ano. A previsão é que eles fiquem sem aulas pelos próximos 10 dias para que a rede elétrica seja refeita.
"Nós vamos usar conduletes por onde vai passar essa fiação por dentro. É um cano de aço, antichamas, pelas normas da NBR, onde a fiação vai passar por dentro. Com isso elas não vão ter acesso aos fios", completou o engenheiro da prefeitura.
Os alunos vão ficar sem aulas nesse período de interdição porque não há outro lugar improvisado para que eles possam assistir as aulas, segundo a Escola Municipal Maria Goulart. A prefeitura já contratou dois eletricistas que irão fazer o serviço na escola juntamente com o eletricista que o município já possui.
Além do problema com os fios, os bombeiros notificaram a escola por não ter hidrante e nem extintores de incêndio.
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