Servidores do sistema prisional mineiro entram em greve nesta segunda-feira.
- Luiz Otávio, Frutal-MG
- 26 de fev. de 2018
- 2 min de leitura
Servidores técnicos e administrativos dos sistemas prisional e socioeducativo de Minas Gerais anunciaram greve a partir desta segunda-feira (26) pleiteando aumento salarial ao governo estadual. O grupo fará protestos em diversos locais, sendo o Estado de Minas, para cobrar o cumprimento de acordo firmado com o estado que equipara os vencimentos da categoria aos dos demais agentes da segurança pública.
Lista divulgada nas redes sociais indica 105 presídios que participam da mobilização, inclusive Uberaba. Nesse sentido, está sendo resguardado o índice constitucional, ou seja, 30% da categoria. A adesão prevista pelo Sindpúblicos é de 90%. Fernando Neves, do comando de greve do Sindpúblicos, confirmou à reportagem que a categoria se reunirá com o governo estadual nesta manhã para definir os rumos da paralisação.
Ainda de acordo com Fernando Neves, o movimento pede o cumprimento do acordo firmado em 2015. “Até hoje não recebemos nenhuma parcela do acordo firmado”, confirma o líder sindical, reafirmando que o acordo foi firmado para cessar outra paralisação, que ocorreu naquele ano.
A greve é por prazo indeterminado, segundo Fernando Neves, que aponta ainda que serviços essenciais ficam comprometidos, uma vez que são aproximadamente 2 mil presos em cada unidade prisional em grande porte no estado, que estão superlotadas e com déficit profissional.
Juscelino Maktub, presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciários da Mesoregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (SATA/MG), explica que os agentes penitenciários não aderiram à greve por vedação legal, uma vez que são considerados forças essenciais. Recente decisão do Supremo Tribunal Federal equiparou as forças de segurança pública aos integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
A greve é de profissionais que trabalham na recuperação de presos, como psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, pedagogos, e técnicos da área administrativa. O salário médio desses funcionários é de R$ 1.050 para nível médio e R$ 2.298 para quem tem curso superior.
Estão ocorrendo diversas manifestações em protesto pelo estado. Um dos pleitos é auxílio de R$ 85 a R$ 105, que estaria sendo negado à categoria sob argumento de vedação pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas que, segundo o sindicato, estaria beneficiando outras categorias.
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