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Crise no Ipsemg tem como uma das causas o número de inativos maior do que o de ativos.

  • Luiz Otávio, Frutal-MG
  • 12 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) sofre uma grave crise e já apresenta um déficit no número de funcionários. O número de inativos já supera o de ativos no instituto. Dados de dezembro de 2017, publicados no Diário Oficial “Minas Gerais” do último dia 20, revelam que o Ipsemg possui 3.306 inativos e 2.665 ativos. Essa informação mostra que o governo de Minas não está fazendo a recomposição de pessoal por meio de concurso.

No gestão de Fernando Pimentel (PT), não foi realizado nenhum concurso público para contratar profissionais para o Ipsemg. E, segundo representantes dos sindicatos dos servidores, o Estado não está convocando os aprovados no último concurso que ainda está em vigor, realizado na administração anterior. Os representantes dos sindicatos ouvidos pelo Aparte afirmam que o governo do Estado está trocando servidores efetivos por contratados e profissionais credenciados, com salários maiores do que os trabalhadores de carreira.

Antes aliados do governador Fernando Pimentel, diversos sindicalistas estiveram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para denunciar, a deputados de oposição, o caos nos serviços do instituto. Além da falta de insumos, os líderes sindicais denunciaram a falta de repasses para hospitais, clínicas e laboratórios da rede credenciada do Ipsemg. Sem os repasses, os credenciados estão suspendendo o atendimento, e os servidores enfrentam dificuldades para marcar consultas e para fazer exames.

De acordo com uma nota divulgada pelo grupo dos deputados da oposição na Assembleia, atualmente 7.000 pessoas (servidores e dependentes beneficiados) foram colocadas em fila, aguardando por uma cirurgia eletiva no Hospital Governador Israel Pinheiro (Hospital do Ipsemg), em Belo Horizonte, e nas instituições hospitalares credenciadas. De acordo com a coordenação intersindical, só está sendo submetido a cirurgia quem consegue um mandado de segurança na Justiça. “Vamos cobrar do governo uma resposta urgente para esse problema e exigir que Pimentel pague o que deve”, afirmou o líder do bloco de oposição, deputado Gustavo Corrêa (DEM).

Segundo o diretor do Sindpúblicos, Geraldo Henrique, os hospitais Luxemburgo e Vera Cruz já paralisaram o atendimento aos servidores em Belo Horizonte. O mesmo está acontecendo em unidades hospitalares do interior, em cidades como Lavras e Varginha. Os servidores estaduais também estão impedidos de usar o Cartão Medicamento, que concede descontos para o funcionalismo na compra de remédios em farmácias credenciadas. Não há qualquer previsão de regularização do serviço. A Rede Aceito, empresa responsável por gerir o cartão, declarou que será necessário, primeiro, o governo quitar o débito de R$ 9,9 milhões com ela.

O governo continua descontando os valores da contribuição do Ipsemg (cerca de 3,2%) e da coparticipação no salário dos servidores. No entanto, esses recursos não chegam ao instituto e vão direto para o caixa único do Estado. Os sindicalistas disseram que não sabem se o governo está pagando a contribuição patronal que lhe cabe (1,6% do salário do servidor beneficiado).

Na última sexta-feira, o governo do Estado reafirmou o compromisso de regularizar os atrasos e, por isso, divulgou um cronograma de pagamento aos prestadores de serviços de saúde vinculados ao Ipsemg. De acordo com o governo estadual, serão regularizados os débitos relativos a outubro e novembro do ano passado. Até o final de março, será feita a regularização dos débitos relativos a dezembro de 2017 e janeiro de 2018; e, no final de abril, estará restabelecida a normalidade dos pagamentos. (Angélica Diniz).

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