Em fase de enchimento de grãos, lavouras de soja de Minas Gerais ainda precisam de chuvas.
- Luiz Otávio, Frutal-MG
- 19 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Precipitações ainda seguem irregulares e as temperaturas elevadas. Projeção ainda é de um rendimento médio próximo de 55 scs/ha nesta temporada. Preços ao redor de R$ 62,00 a saca deixam margem ajustada aos produtores. Para a safrinha, o clima continua no foco dos agricultores e alguns podem investir na cultura do sorgo.

Na região de Coromandel/MG, os produtores deram inicio a colheita da soja precoce, que tem apresentado um bom rendimento, por volta de 80 a 85 sacas por hectares. Em contrapartida, no estado às lavouras de soja estão em diferentes estágios de desenvolvimento.
O presidente da Comissão de Grãos da Faemg, Rodrigo Otávio de Araújo Herval, aponta que as lavouras em estágio vegetativo e enchimento de grãos necessitam de chuvas mais expressivas, sendo que as precipitações continuam irregulares e as temperaturas estão elevadas na região.
Nesta safra 2017/18, as perspectivas de produtividade estão dentro da média, em torno de 55 sacas por hectares. Além disso, a concentração da colheita da soja ficará a partir do dia 15 de fevereiro.
Em relação à sanidade, a liderança reforça que foram feitos os manejos adequados e até o momento não tiveram problemas com incidência de pragas.
Comercialização
Outra preocupação é a rentabilidade, visto que os produtores estão cautelosos para fazer as negociações antecipadas. Na região, os preços no mercado futuro para a soja estão por volta de R$ 62,00 a saca, para descontar o funrural. “É uma margem muito estreita, a gente acha que no final pode ser positivo com o valor de volume de produção, mas o preço não remunera”, afirma.
Milho
No caso do milho, as lavouras também apresentam boas condições de desenvolvimento, isso porque o plantio foi antecipado. Caso o clima não contribua, os produtores planejam diminuir o uso de tecnologia no cultivo de milho safrinha e investir na cultura do sorgo.
“A questão é o risco do milho safrinha no estado, tem áreas do triângulo mineiro que são favoráveis à cultura. Fora isso, os produtores não querem arriscar o milho para depois de fevereiro”, finaliza o presidente.
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